1984 (tl;dr)
Ano novo. Esperanças
de paz e saúde, desejos de melhor, aspirações de prosperidade, renovação de expetativas,
expetações de felicidade, votos que uma água fresca enxurre os agouros e grele os
pelouros. “Meus senhores eu sou a água / que lava a cara, que lava os olhos / que
lava a rata e os entrefolhos / que lava a nabiça e os agriões / que lava a piça
e os colhões / que lava as damas e o que está vago / pois lava as mamas e por
onde cago.” Bocage em “A água”. Se a água lava o corpo, o petróleo purifica a alma
perfumando-a das mais ambrosíacas fragâncias.
Sábado, 31
de dezembro de 1983, na Nigéria, pela madrugada, moiro encantado vira a proa da
barca. “A Nigéria entrava no ano de 1984 com o quinto golpe de Estado da sua
história.” “A política petrolífera nigeriana parece estar na base do golpe de
Estado que na madrugada de sábado, derrubou o presidente eleito Shehu Shagari.
Para tentar relançar a indústria petrolífera em crise, Shagari tinha iniciado
diligências para abandonar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEP) de forma a poder aumentar as exportações do ouro negro. O atual homem
forte de Lagos, general Muhammadu Buhari [1],
ex-gestor da companhia petrolífera estatal já garantiu as suas obrigações
decorrentes dos tratados assinados pelo anterior Governo.” [2]
“Proclamada
independente em 1960, a República Federal da Nigéria conheceu nestes 23 anos
datas atribuladas e 5 golpes de Estado. (…). Em 1966, no espaço de dois dias,
(15 e 17 de janeiro) registaram-se duas alterações políticas pela força das
armas. No primeiro golpe, liderado pelo major Patrick Chukwuma Kaduna Nzeogwu,
seria executado o primeiro-ministro de então, Abubakar Tafawa Balewa. [As
circunstâncias da sua morte ainda permanecem desconhecidas. O seu corpo foi
descoberto na berma de uma estrada perto de Lagos seis dias depois de ele ter
sido derrubado do cargo]. Quarenta e oito horas depois o poder é tomado pelo
major-general Johnson Thomas Umunnakwe Aguiyi-Ironsi. Seis meses volvidos, a 29
de julho de 1966, o general Yakubu ‘Jack’ Dan-Yumma Gowon assume a liderança do
país, pouco depois de se ter desencadeado a guerra no Biafra [3]. Terminado o
sangrento conflito em 12 de janeiro de 1970, Gowon é deposto por outro general,
Murtali Ramat Mohammed. Este apenas conserva o poder durante 5 meses, até que
uma nova ação armada, desta vez comandada pelo general Olusegum Obasanjo o
depôs. A partir de 1979, com a restituição do poder aos civis, a República
Federal da Nigéria conhece um período de estabilidade política e democrática sob
a liderança do presidente Shehu Shagari.”
“O auge da
exploração petrolífera, iniciada em 1973, convertera a economia nigeriana na
mais florescente da África Negra, com uma taxa de crescimento anual de cerca de
8 %. (…). Seria a crise petrolífera desencadeada a partir de 1981 que
desferiria um profundo golpe no país mais populoso de África (90 milhões de
habitantes) e cujas receitas externas dependem em mais de 90 % da venda do
petróleo. [Atualmente, continua a principal fonte de riqueza, representa 35 %
do PIB e 70 % das receitas do Estado]. Os últimos dois anos foram assinalados
por elevadíssimas taxas de inflação. Os preços de alguns produtos de primeira
necessidade quintuplicaram e houve um drástico aumento do desemprego. O Governo
de Lagos viu-se então obrigado a realizar um dos maiores êxodos da história
contemporânea, expulsando do país dois milhões de estrangeiros que se
encontravam na Nigéria em situação ilegal. Na frente puramente económica, a
dívida externa foi renegociada nos últimos meses com um grupo de bancos
estrangeiros e na altura do derrube, o Governo de Shagari estava em negociações
com o Fundo Monetário Internacional para um empréstimo de 2500 milhões de
dólares. Por outro lado, o presidente tinha apresentado há dias, ao Parlamento,
um orçamento de austeridade para 1984.” [4]
Segunda-feira,
2 “o jornal soviético Pravda [5], na sua edição de
hoje, critica o recente acordo luso-americano sobre a base açoriana das Lajes
afirmando que o Pentágono aspira ‘obter autorização para os bombardeiros
estratégicos norte-americanos com armas nucleares a bordo poderem aterrar’
naquela base. Para a Pravda, a base das Lajes constitui um ‘elo importante na
cadeia americana de bases militares e pontos de apoio no estrangeiro que dão
corpo à conceção de mobilidade estratégica’ das forças dos EUA. Destacando
que no Pentágono se designam os Açores como ‘porta-aviões insubmersível’, o
jornal soviético acrescenta tratar-se de um ‘trampolim para a agressão’,
designadamente para ‘transbordo de unidades da Força de Intervenção Rápida,
equipadas com armas nucleares para a Europa, Médio Oriente e zona do Golfo
Pérsico. (…). O artigo refere, finalmente, que ‘a parte de leão’ do montante
pago a título de compensação pelo arrendamento das Lajes será gasto na
aquisição por Portugal de armamento americano. Este destina-se a reequipar as
Forças Armadas portuguesas, que, no quadro da NATO, são consideradas como
reforço do dispositivo militar que atuaria na Europa central em caso de
confronto com a União Soviética.” [6]
Terça-feira,
3 “o reverendo Jesse Jackson, candidato democrata à Casa Branca, obteve hoje a
sua primeira vitória com a libertação do piloto americano detido na Síria desde
o princípio de dezembro. Jackson, que se deslocou a Damasco para obter a
liberdade do piloto, encontrou-se com o presidente sírio Hafez Assad. (…). A
libertação, segundo jornalistas no local, realizou-se no ministério dos
Negócios Estrangeiros sírio [7]. Entretanto, no
Líbano, aviões israelitas bombardearam hoje posições dos dissidentes
palestinianos da Fatah. Mas as atenções continuam centradas na Força
Multinacional estacionada naquele país. Com efeito, e ao mesmo tempo que a
França e a Itália anunciaram a redução dos seus contingentes, nos Estados
Unidos, Ronald Reagan, vai reexaminar hoje a política americana no Líbano, com
o seu enviado especial para a região, Donald Rumsfeld.” [8]
Quinta-feira,
5 “João Rocha resolveu acionar judicialmente a RTP e os seus administradores
Drs. João Palma Ferreira e José Niza, associando ao processo (que foi elaborado
pelo Dr. Fernando Luso Soares com base em abuso do direito de imagem) os nomes
de Júlio Isidro e Carlos Cruz, ‘profissionais que, servindo em órgãos de
comunicação do Estado, deles se aproveitaram abusivamente para se conluiarem
contra o Sporting e o seu presidente’. A notícia foi dada pelo próprio
presidente sportinguista: ‘ascende a 20 mil contos o valor da ação proposta por
João Rocha e pelo Sporting Clube de Portugal contra a RTP’ [5 mil para João
Rocha ‘por lesões morais’ e 15 mil para o Sporting]. (…). A certa altura pode ler-se
que ‘os réus Palma Ferreira e Niza são, com referência à sua qualidade de
gerentes da primeira ré (RTP), gestores públicos com estatuto constante do
decreto-lei n.º 831, de 25 de novembro, estão obrigados a gerir a RTP
adequadamente à prossecução dos objetivos desta, tendo em vista uma
contribuição ativa para o desenvolvimento sociocultural do país (prémio do
artigo 22.º do referido decreto-lei). Em tal quadro de ação, aliás
contrariamente ao que os réus Palma Ferreira e José Niza fizeram, não cabem nem
desvios abusivos de material de informação (uma vez recolhido) nem ameaças para
com terceiros, nem censura interna’. A história reporta-se ao decantado caso
ocorrido quando uma entrevista concedida por João Rocha a Ribeiro Cristóvão (no
programa ‘Domingo Desportivo’) que, diz o presidente leonino ‘foram declarações
confiadas na entidade a quem as prestava e no destino que sabia (ou julgava que
sabia) que elas iriam ter’ e foi depois aproveitada em ‘O Tal Canal’. Depois, a
ação elaborada pelo Dr. Luso Soares debruça-se sobre o ‘abuso do direito de
imagem’, citando Digesto, Bernard Edelman, Giovanni Domenico de Cupis e
Campogrande para depois mencionar a própria Constituição da República: ‘A todos
são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, à capacidade civil, à
cidadania, ao bom nome e reputação. À imagem e à reserva da intimidade da vida
privada e familiar’.” João Rocha vence em tribunal esta ação contra a RTP. Nesse
episódio em litígio de “O Tal Canal”, no segmento “O
esférico rolando sobre a erva”, um
programa de José Esteves, Herman José montara as declarações de João Rocha: “Os
jogadores são pessoas maiores, são pessoas que já têm um nível de
educação, que muitas vezes não lhe é dado pela universidade, porque
a educação não se aprende só na universidade, a educação aprende-se no dia-a-dia,
na convivência, na utilização dos bons hotéis, como já disse,
nos restaurantes, no saberem comer pois com garfo e faca.”
Quinta-feira,
12 “encontra-se já em análise no ministério da Justiça um projeto de diploma do
ministério das Finanças que prevê a pena de prisão, num máximo de 8 anos, para
os crimes de fraude fiscal. Atualmente estes crimes são apenas punidos com
multas. (…). Atualmente, em face da incapacidade da máquina tributária e do
volume de processos – cerca de 1200 mil, segundo uma fonte oficial, a
prioridade em termos de execução fiscal é dada aos processos cujo valor ascenda
a mais de 300 contos. (…). Todavia, grande parte daquele milhão e duzentos mil
processos é de baixo valor e refere-se à falta de pagamento das taxas de
televisão e rádio, militar e de dívidas à Caixa Geral de Depósitos. Serão à
volta de 700 mil.”
Sexta-feira,
13 “o bispo de Setúbal, D. Manuel da Silva Martins, criou um fundo de
solidariedade para acudir às situações mais desesperadas, ‘face aos pedidos de
ajuda que chegam à sede da diocese’. (…). ‘Acontece que muitas pessoas que
vivem na área da diocese de Setúbal atravessam presentemente situação económica
muito difícil, por vezes até desesperante, em virtude do desemprego ou salários
em atraso’ – diz o comunicado da Casa Episcopal de Setúbal, que acrescenta
estarem a chegar ‘lamentos e pedidos de ajuda à sede da diocese. Pressentindo
que esta situação continuará e até se agravará nos tempos mais próximos’, o
bispo decidiu criar um fundo de solidariedade, na dependência da cúria
diocesana, que já começou a funcionar com ofertas provenientes dos mais
variados pontos do país.” [9]
Segunda-feira,
16 “segundo os dados disponíveis, a balança de pagamentos reagiu rapidamente ao
agudizar das restrições à importação e aos estímulos à exportação, decididos
pelo atual executivo e que, em grande parte, foram o aprofundamento da política
para o setor seguida nos últimos meses do executivo anterior [de Pinto
Balsemão]. Também o défice orçamental poderá fixar-se a níveis inferiores aos
previstos no acordo com o FMI exatamente porque a política restritiva de Ernâni
Lopes, com particular incidência nos cortes salariais (preços a subirem a taxas
vincadamente superiores ao crescimento da massa salarial) reduziram a massa
monetária em circulação. A carga tributária foi, também, agravada num conjunto
de medidas restritivas que reduzirá para o nível zero o crescimento do conjunto
da economia no corrente ano. Esta política de contenção, de resultados
positivos no curto prazo, principalmente na relação importações-exportações,
provocará, no entanto, efeitos nefastos no médio e longo prazo principalmente
quanto ao emprego e ao poder de compra dos assalariados. Há, inclusive,
economistas da área da maioria no poder que não se coíbem de criticar o
Governo pelo excesso de restrições. Cavaco Silva foi um deles e dos mais
declarados.”
Quarta-feira,
18 “inesperadamente para muitos dos seus amigos, o poeta José Carlos Ary dos Santos, de 46 anos, morreu pelas 21h30, na sua casa, onde
vivia há 20 anos, na rua da Saudade, de doença hepática. O corpo estará em
câmara ardente na Sociedade Portuguesa de Autores desde as 14 horas de
quinta-feira. O funeral segue amanhã, às 10 horas para o cemitério do Alto de
S. João.” “Poucos minutos antes de morrer, ouvia o seu médico assistente pelo
telefone. Junto do poeta encontravam-se Ruben de Carvalho e Carlos do Carmo. O
médico insistia para que Ary se internasse o mais imediatamente possível.
Durante o dia, tivera já o autor de ‘as portas que abril abriu’ várias
hemorragias, provenientes do mal de que sofria: uma grave afeção na região
hepática. Ary, no entanto, recusou o internamento que o médico lhe aconselhava,
e, delicadamente, passou o telefone a Carlos do Carmo. Foi no preciso momento
em que Carlos do Carmo dialogava com o clínico que Ary, vítima de outra
hemorragia, fechou os olhos para sempre.” E a boca para o “Fadinho do bacalhau”:
“Ai! Que saudades do meu bacalhau / Das pataniscas, das postas na brasa / Com
cebolinhas e com colorau / Com feijão frade à moda da casa // Ai! Pastelinhos
onde é que eles estão? / Meia-desfeita quando é que eu a faço? / E até aquilo
que se faz à mão / Sem bacalhau, nunca mais faço.”
Quinta-feira,
19 “a dirigente do Partido Revolucionário do Proletariado (PRP), Isabel do
Carmo, foi detida pela PSP cerca das 20 horas, no seu consultório de médica, na
avenida da República, no Barreiro, tendo sido pouco depois transferida para a
cadeia das Mónicas, em Lisboa. A captura de Isabel do Carmo, segundo referiu o
Dr. Fernando Duarte, subdiretor dos Serviços Prisionais, ficou a dever-se a um
mandado de captura passado pelo 1.º Juízo Criminal do Tribunal de São João
Novo, no Porto, referente a um processo cuja instrução começou em 1978 e foi
concluído em 1980, no qual são ainda arguidos outros dirigentes e militantes do
PRP, tais como Carlos Antunes, João Ribeiro, João Santos e Fernanda Flórido.
Recorde-se que esta última foi presa em 5 de dezembro de 1983, encontrando-se
neste momento na cadeia de Custoias.” Sexta-feira, 20 “iniciou uma greve de
fome logo que deu entrada na cadeia das Mónicas, Carlos Antunes disse ao Diário
de Lisboa que esta forma de luta já fora acordada previamente entre ele e a sua
mulher, dado considerarem ilegal nova detenção, depois de em agosto de 1982
terem cumprido quatro anos de prisão.”
Sábado, 21 “a
venda e os preços de 113 medicamentos vão ser liberalizados dentro de dias nos
termos de um despacho ministerial enviado para publicação no Diário da
República. (…). Dos que anteriormente tinham comparticipação do ministério da
Saúde, salientam-se, como de uso mais corrente, e agora com preço livre: Bradoral, os antigripais, as otrivinas, as pastilhas Dek e de
mentocaína, os solutos Endrine e Plodermol e o xarope de maçãs reinetas. No
grupo dos não comparticipados, ficam liberalizados nos preços e receitas, entre
os mais usados, os seguintes medicamentos: sais de frutos, vitamina C
(comprimidos), antigripe, xarope de complexo B, hermesetas, levedura de cerveja barral, xarope Celsus e os
supositórios de retrogripal Mentolax e Transpneumol.” [10]
Sábado, 21 “Johnny Weissmuller, um dos melhores Tarzans
da história do cinema, morreu esta madrugada com 79 anos, em Acapulco, nos
braços da sua quarta mulher. Nascido na Pensilvânia em 1904, filho de abastados
emigrantes austríacos, Johnny tornou-se conhecido em todo o mundo graças à
natação. Com 20 anos ganhou uma medalha de ouro nas Olimpíadas de Paris,
repetindo a proeza em Amesterdão, quatro anos depois. Os seus êxitos na natação
deveram-se sobretudo aos esforços que ele e seus pais fizeram para vencer a
debilidade que o caraterizou nos seus primeiros anos de vida. Em 1977, o ator
foi acometido por uma trombose cerebral e internado numa clinica, nunca mais
recuperando a lucidez a não ser por períodos passageiros.” [11]
___________________
[1] “O general Muhammadu Buhari, o novo homem forte da
República Federal da Nigéria, é um militar com 42 anos com grande experiência
na administração da indústria petrolífera. Buhari, que se formou na academia
militar britânica de Aldeshot, foi governador militar, diretor-geral do
Petróleo e presidente da Companhia Nacional do Petróleo.” Segunda-feira, 2 “em
mensagem dirigida à população segunda-feira à noite através da rádio, o general
Buhari anunciou uma luta implacável contra a corrupção e avisou que ‘aqueles
que delapidaram os recursos estatais ou fizeram uso para benefício próprio das
propriedades públicas serão encarcerados sem a insensatez de respeito pelos
procedimentos legais’.”
“Nos 20
meses que durou o seu regime – entre 1983 e 1985, quando foi deposto por outro
golpe militar, esse protagonizado pelo general Ibrahim Babagida –, Buhari
travou uma verdadeira ‘guerra contra a indisciplina’, castigando a
incompetência e até a falta de pontualidade dos funcionários públicos com
sanções humilhantes e muitas vezes brutais. Tinha o perfil de um homem cuja
austeridade passava pelo nível de exigência e intolerância, tendo executado de
forma pública jovens traficantes que faziam o seu negócio nas praias e ali
foram assassinados, mas também mandou prender jornalistas e expulsou milhares
de imigrantes. (…). Nos seus 20 meses no poder prendeu 475 políticos e empresários
por acusações de corrupção e assegurou-se não só de que os tribunais os
condenavam mas, em muitos casos, com penas de prisão perpétua.” “Segundo uma
estimativa recente, desde a independência [o país] perdeu cerca de 400 mil
milhões de dólares (perto de 372 mil milhões de euros) para a corrupção”, no
jornal I n.º 1849.
Quinta-feira,
12 de julho de 1984 “o ex-ministro dos Transportes da Nigéria, Umaru Dikko, é
raptado numa rua de Londres. Mais tarde foi encontrado, drogado e inconsciente,
num caixote com o rótulo de ‘bagagem diplomática’, já na alfândega do aeroporto
de Stanstead, que deveria seguir de avião para Lagos. O ministro do Interior
britânico, Leon Brittan, explicou que a caixa onde Dikko foi encontrado estava
endereçada ao ministério nigeriano dos Negócios Estrangeiros e que o remetente
era a embaixada nigeriana em Londres. Na mesma caixa de Dikko encontrava-se um
outro homem, consciente e na posse de drogas e seringas, encarregado de o
manter drogado até ao seu destino. Noutra mala diplomática também aberta pela
polícia na mesma altura transportava dois outros homens, que a agência
noticiosa Associated Press diz serem mercenários israelitas. (…). [“Embora
Israel, naquela altura, não tivesse relações diplomáticas formais com a
Nigéria, existiam vínculos menos visíveis entre as duas nações. Em particular,
a Nigéria era uma importante fonte de petróleo para Israel, (mais de 50 %), e
Israel era um relevante fornecedor de armas para a Nigéria. A agência nacional
de inteligência israelita, Mossad, foi recrutada para localizar e trazer Dikko de
volta à Nigéria para ser julgado”]. As caixas não possuíam os documentos e a escolta
necessária para lhes ser conferida imunidade diplomática e por isso foram
abertas pelas autoridades alfandegárias. (…). Dikko, de 47 anos, um
multimilionário acusado pelo atual governo de Lagos de ter feito uma fortuna [6
mil milhões de dólares] em contratos ilegais, é o homem mais procurado na
Nigéria. Nos meios diplomáticos de Londres afirma-se que Dikko é cunhado de
Shagari, o presidente deposto em dezembro.”
Em 2015,
Muhammadu Buhari vence as eleições presidenciais. “Depois de três fracassos
eleitorais consecutivos, conseguiu voltar ao poder, desta vez tendo arrumado o
uniforme militar, que trocou por sandálias, humildes andrajos que vestem um tom
mais sereno, com a Reuters a descrevê-lo como ‘um asceta muçulmano’.” “Afinal é
ele quem figura no topo da curta lista de líderes nigerianos que deixaram o
poder sem ter garantido para si mesmos uma imensa fortuna pessoal. (…). Nas
cidades do Norte, muçulmanas como ele, Buhari adquiriu um tipo de popularidade
que fez dele uma figura de culto. Ali é adorado, e nos comícios durante a
campanha mal precisou de abrir a boca. Surgia firme, ereto, acenava à multidão
e isso bastava para tranquilizar as pessoas, uma promessa de que a ordem seria
restabelecida”, no jornal I n.º 1849. Os do costume louvaram a eleição do
ex-ditador vintage. A grande
esperança da esquerda europeia, “o presidente francês, François Hollande, ‘saudou
a determinação do povo nigeriano’ e o ‘sentimento de responsabilidade do atual
presidente, que reconheceu sua derrota’.” O comunicado da Casa Branca: “Em nome
do povo americano, estendo as minhas felicitações ao povo da Nigéria e ao
presidente eleito Buhari e estou ansioso para continuar a trabalhar com o
recém-eleito governo nas nossas muitas prioridades comuns.”
[2] “A empresa de construções que participou na
construção de um hotel na futura capital federal da Nigéria [Abuja], não será
afetada nos seus interesses pelo golpe de Estado ocorrido naquele país. A
Soares da Costa trabalhou em regime de subempreitada com uma empresa alemã, mas
o hotel já está concluído e todo o pessoal português foi retirado há bastante
tempo. De momento aquela empresa de construção civil, que presentemente opera
em vários países estrangeiros, não tem nenhuma obra na Nigéria, mercado de que
aliás praticamente se retirou por não corresponder às expetativas. (…). Segundo
o vice-presidente e secretário-geral da Associação de Amizade e Cooperação
Portugal-Nigéria empresas portuguesas dos ramos farmacêuticos, salsicharia,
conservas, mármores e prefabricados têm planos para começar a laborar naquele
país.”
[3] Desta guerra, Nixon disse: “É muito mau. É uma pena que os malditos
pretos se estejam a matar uns aos outros. Mas não havia nada que pudéssemos
fazer sobre isso.” “O Departamento de Estado apoiava firmemente a reunificação
do Biafra de volta à federação nigeriana. Para o conselheiro de segurança
nacional Henry Kissinger, o Departamento de Estado e a embaixada americana em
Lagos, apoiar o Biafra provavelmente causaria a desintegração da Nigéria e
ameaçava os negócios em crescimento e as relações diplomáticas que ela tinha
com os EUA. Prejudicaria as relações com os mais fortes apoiantes da Nigéria, o
Reino Unido e a Organização de Unidade Africana, ambos resolutamente por detrás
da reunificação nigeriana.”
O brigadeiro Benjamin Adesanya Maja Adekunle,
alcunhado o “Escorpião Preto”, numa entrevista a Randolph Baumann da revista
Stern, resumiu a situação. Adekunle: “Na secção da frente que eu controlo, - e
que é toda a frente sul de Lagos até a fronteira com os Camarões -, eu não
quero ver a Cruz Vermelha, a Cáritas, delegação da Igreja Mundial, Papa,
missionários ou delegação da ONU.” Stern: “Isso significa que muitos milhares
de toneladas de alimentos que estão armazenados em Lagos nunca chegarão aos
campos de refugiados na sua secção do país?” Adekunle: “Você é arguto, meu
amigo. É exatamente o que estou a dizer.” Stern: “Mas você mesmo disse que a
maioria dos refugiados na parte que conquistou não são ibos.” Adekunle: “Mas
pode haver ibos entre eles. Quero evitar alimentar um único ibo enquanto todo
esse povo não se render.” Stern: “Você de vez em quando sente simpatia pelos
ibos?” Adekunle: “Aprendi uma palavra com os ingleses, que é ‘lamento’! É como
eu quero responder à sua pergunta. Eu não queria esta guerra, mas quero ganhar
esta guerra. Por isso, tenho que matar os ibos. Lamento! Ponto final.”
[4] Nollywood é o segundo produtor mundial de cinema,
entre Hollywood, o terceiro, e Bollywood, o primeiro. “Sem salas de cinema, a
Nigéria conta com cerca de 15 mil lojas de vídeo e videoclubes, e em quase todo
o tipo de comércio pode-se encontrar filmes para vender ou alugar. Estima-se
que cada filme venda cerca de 25 mil cópias, cada uma vendida a cerca de 3,50
dólares, e o aluguer a 0,30. No entanto, não é possível saber o número de
alugueres de cada cópia e quantas pessoas assistem a cópia por cada aluguer. Os
preços das cópias e dos alugueres são compatíveis com os preços do mercado
pirata, na tentativa de poder competir de igual para igual, mas mesmo assim a
pirataria também é um problema grave na Nigéria, país onde a grande maioria da população
é de muito baixo rendimento.” “Enquanto possa ter ouvido falar de Nollywood, que
é o cinema da Nigéria, a indústria cinematográfica nigeriana, que cresceu
rapidamente nos anos 90 e 2000, para se tornar na segunda indústria
cinematográfica do mundo em número de produções anuais, colocando-a à frente
dos Estados Unidos e atrás do cinema indiano. Evidentemente, muitos nunca
ouviram falar do termo Ghallywood, embora exista e que significa cinema feito
no Gana. Estas duas categorias de filmes são bem conhecidas por filmes épicos,
que normalmente são filmados nas aldeias.”
Cinema nigeriano.
“Pull of Sex” (2015), real. John Izedonmi, c/ Yvonne
Nelson, Prince David Osei, Khareema
Aguiar … “City
of Dragons” (2015),
real. Vincent D. Anointed, c/ Emma Ehumadu, Gbenga
Richards, Jnr Pope Odonwodo, Zubby Michael … “Girls
in Action” (2014),
real. Oliver Eze Onyenwuwa, c/ Mimi Orjiekwe, Kingsley Bassey … “A nudez não
faz parte da nossa cultura” (Collins Onwochei), no entanto, alguns filmes já incluem
cenas de sexo e nudez: “Room 027” (2013), real. Damijo Efe Young, c/ Collins Onwochei,
Tony Umez, Chinelo Ememchukwu … “Destructive
Instint” (2013), real.
Judith AfroCandy, c/ Judith “AfroCandy” Okpara Mazagwu, Ben Abit, Terry Daz, Munett
Oyarekwua.
Música
clássica nigeriana. “Joshua Fit De Battle of Jericho”, de Fela Sowande ♪ “UKUM”, de Joshua Uzoigwe ♪ “Three
Nigerian Dances (allegro moderato)”, de Samuel Ekpe Akpabot.
[5] Também Pravda, “a mais sexy
exportação francesa desde Serge Gainsbourg e Brigitte Bardot.” “‘Odeio os
Radiohead’, diz Mac, guitarrista do grupo parisiense de electro punk Pravda.
‘Quando eles saíram, a imprensa gritou génio, mas o que vemos neles é um
sinistro renascimento do prog rock’. Quando Mac conheceu Sue, baixista,
vocalista e programadora de sintetizadores dos Pravda, no verão de 2002,
descobriu que partilhavam um amor pelos Buzzcocks – cujas letras eram ‘como haiku, exatamente a forma como o rock e mesmo a música pop deveria ser’ – assim como, a
simplicidade dos festivos furacões do rock
clássico, tais como ‘Highway To Hell’ dos AC/DC e ‘I Love Rock ‘n’ Roll’ de
Joan Jett. ‘House, French Touch e as suas imitações eram a grande onda do momento’,
lembra Mac. ‘Era impossível parar num café parisiense sem ter que gramar com um
emproado DJ a tocar a sua merda cool. Achávamos que, se os putos não ouvem rock ‘n’ roll, era simplesmente porque eles não o conheciam.
Achávamos que, se os putos pudessem ouvir esgalhados acordes de guitarra, eles
inevitavelmente adorariam e curtiriam abanar as cabeças como o Beavis e Butthead’.” “Os Pravda separam-se em 2008. A ex-cantora Sue, Suzanne Combeaud, sai para prosseguir uma carreira a
solo, como Suzanne Combo: ‘Em junho de 2008, separámo-nos por razões
‘extramusicais’. Entretanto, juntei-me com duas raparigas para formar o grupo
de garage-surf Tu Seras Terriblement Gentille, no qual meti-me na guitarra … pela primeira vez na
minha vida’. E Mac (Pascal Macaigne, fundador, guitarrista e produtor da banda)
contrata a tempestuosa art rocker Nina
Roberts e antiga
atriz porno como vocalista.” ▬ “Tu es à l'Ouest” (2007)
♪ “Soyuz” (2007) ♪ “The A.B.C. of L.O.V.E.” (2007) ♪ “Body Addict” (2007) ♪ “People Unite!” (2007) “Soyuz” (2010).
[6] “Um
motor económico e cultural da ilha Terceira. Nos períodos mais fortes, chegaram a estar colocados
nas Lajes mais de 1000 militares norte-americanos. Esta base, dada a sua
estrutura, tem lá dentro um autêntico bairro americano com casas típicas
daquele país e desenhadas por arquitetos norte-americanos. Ao contrário de
outras bases na Europa, os militares tinham ali condições para trazer as suas
famílias. Havia igreja, escolas, professores, um minicentro comercial e, assim,
os 1000 militares chegavam a dar lugar a cerca de 5000 norte-americanos que
animavam do ponto de vista económico a vida da ilha Terceira mas também do
ponto de vista cultural. Durante o período da ditadura de Salazar, aquela ilha
era um microcosmos onde se podia respirar outro ar e ter conhecimento de outras
realidades.”
Quando
os EUA ajustam as bases militares às alterações no controlo global, os Açores
afundam-se no novo mapa, a base das Lajes não vale um bicho harmonioso, Rui
Machete, ministro
sem pavor dos Negócios Estrangeiros, ameaça detonar o fogo do #inferno: “Seria,
aliás, prejudicial para as nossas relações bilaterais que Portugal não tivesse
um resultado positivo neste longo e complexo processo.”
[7] Quarta-feira, 4 “o candidato democrata Jesse Jackson
chega hoje a Washington com o piloto Robert Goodman libertado pelo Governo
sírio depois das diligências do concorrente à presidência dos Estados Unidos. Após
a sua chegada, Jackson avistar-se-á na Casa Branca com o presidente
norte-americano, Ronald Reagan. (…). Entretanto, um porta-voz sírio afirmou que
o seu Governo decidiu libertar o tenente Robert
Goodman, como
contribuição para criar condições que levem à retirada das forças americanas do
Líbano.”
[8] O génio
político americano que provará em 2002, indubitavelmente sem dúvida, a
existência de um arsenal de destruição maciça no Iraque e as ligações de Saddam
Hussein ao terrorismo, com o argumento do
conhecido conhecido: “Os relatórios que dizem que algo não aconteceu são
sempre interessantes para mim, porque, como sabemos, há conhecidos, conhecidos,
há coisas que sabemos que sabemos. Também sabemos que há conhecidos
desconhecidos, isto é, sabemos que há algumas coisas que não sabemos. Mas
também há os desconhecidos desconhecidos – aquelas coisas que não sabemos que
não sabemos. E, se olharmos ao longo da história do nosso país e outros países
livres, é a última categoria que tende a ser a mais difícil.”
[9] Bem alimentada.
Edita Vilkevičiūtė, 1,75 m, 55 kg, 80-60-88, sapatos 38 ½, olhos azuis / verdes, cabelos castanhos-claros,
nascida a 1 de janeiro de 1989 em Kaunas, Lituânia. Entrevista: “Eu poderia dizer que sou mais de um tipo clássico
de beleza. Talvez seja porque sou extrovertida e positiva e as pessoas estão
fartas de cabras. É engraçado, mas estar neste comércio ensinou-me a amar
coisas em mim de que nunca gostei. Costumava pensar, por que são os meus dedos
muito compridos? O meu sorriso é tão esquisito, porque quando sorriu os meus
lábios sobem. E as minhas pernas não são direitas. Agora, mesmo que as pessoas não
gostem, não me importo, tornei-me bastante à-vontade comigo mesma. (…). Tento
sempre ver bandas como os Eagles, Neil Young e os Rolling Stones quando estão
em Nova Iorque.” Edita é amiga de Snejana Onopka, Laura
Blokhina, Zuzana
Straska, Giedre Dukauskaite, Egle Tvirbutaite, Elena
Melnik, Baptiste
Giabiconi, Lasse
Pedersen, Zuzana Gregorova. – Em St.
Barts, 3 de abril 2014, “a modelo estava
tão ansiosa para obter um bronzeado uniforme em todo o seu deslumbrante corpo
que decidiu ir nua para uma sessão de banhos de sol.” {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos}. Vídeos: {o perfume Cavalli
Paradiso, diz
Roberto Cavalli: “Uma supermodelo de beleza estonteante. Ela resume o espírito
da fragância e encarna perfeitamente a mulher Paradiso, uma criatura completamente feminina e ousada, que
irradia a seu sofisticado glamour sem
ter medo de afirmar o seu poder de sedução natural”} ∙ {Catwalk} ∙ {Numero # 108 por Sølve
Sundsbø 2009} ∙ {Vogue
China 2011} ∙ {Calvin Klein Eternity Aqua 2013} ∙ {Bulgari Omnia Crystalline 2013} ∙ {123, Paris 2013} ∙ {Lui 2013} ∙ {“Persona”
2013-14, real. Gordon Von Steiner} ∙ {relógio Body Calvin Klein 2014}.
[10] Saudáveis a leste. Kris A, 1,72 m, 85-60-88, cabelos castanhos, nascida em 1993
na Rússia. {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos}. E Marya, cabelos castanhos, nascida a Rússia. {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos}. E Lucy B, 1,65 m, 50 kg, 86-62-87, olhos e cabelos castanhos,
nascida a 1 de janeiro de 1989 na Ucrânia, t.c.c. Belka, Eva, Galina, Lalita,
Lena, Lena L, Leni, Lucy G, Marian, Olly, Rosso, Ultra. “Gosto de violeta.
Gosto de ski e patinagem no gelo. Gosto de ir ao cinema com os meus amigos.
Gosto de fazer festas em casa. Leio muita literatura de aventuras. Gosto de ver
séries de detetives na TV.” “A encantadora Lena tem um temperamento alegre e
goza a vida como ela é. Estuda num instituto e quer fazer carreira num banco.
Nos tempos livres, Lena adora andar pelas ruas a olhar para as pessoas e os
carros. Ela diz que cada vez que anda pelo centro da sua cidade sente-se viva.
Lena tem muitos parentes e amigos que muitas vezes a convidam e ela, de bom
grado, passa tempo com eles.” Sites: {Met Art} ∙ {We
Are Hairy} ∙ {Index} ∙ {Zemani} ∙{Amour Angels} ∙ {Femjoy}. {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos}. {vídeo} ∙ {vídeo}.
[11] A verdadeira história do filho da selva. “Tarzan-X:Shame of Jane / Tharzan:
La vera storia del figlio della giungla” (1995), real. Joe D’Amato, c/ Rocco
Siffredi, Rosa Caracciolo: 1,68 m, 56 kg, olhos e cabelos castanhos, nascida Rózsa
Tassi a 29 de junho de 1972, em Budapeste, casada com, “nada menos que 24
centímetros de comprimento, oito centímetros de diâmetro, capacidade para
resistir duas horas trabalhando à potência máxima e preparação para oferecer um
total de 10 prestações por dia”, de Rocco Siffredi. – “Tarzan”, cantado no filme “Kuku
Mathur Ki Jhand Ho Gayi” (2014)), real.
Aman Sachdeva. – “Tarzan My Tarzan” no filme “Adventures of Tarzan” (1985), real.
Babbar Subhash. – E a primeira e
mais fiel adaptação do romance de Edgar Rice Burroughs, “Tarzan of the Apes” (1918), real. Scott Sidney, c/ Elmo
Lincoln, Enid
Markey, George B. French e Gordon Griffith.
na sala de cinema
“Nightmare City” / “Incubo sulla città contaminata” / “La invasión de los zombies atómicos” (1980), real. Umberto Lenzi, c/ Hugo Stiglitz, Laura Trotter, Maria
Rosaria Ommagio [1], Francisco Rabal … “Um repórter de uma estação de
televisão dirige-se ao aeroporto, juntamente com um cameraman, com a intenção
de entrevistar um cientista que trabalha numa central nuclear. Os controladores
aéreos detetam que algo está errado quando um avião de transporte militar,
modelo Hércules, não responde aos avisos e têm de desimpedir uma pista para
permitir-lhe a aterragem. Um grupo de militares dirige-se para o aparelho, no
qual parece não haver sinais de vida, até que uma porta se abre e dele sai uma
grande quantidade de pessoas armadas e aparentemente enlouquecidas; produz-se
um massacre onde todos os militares são assassinados, enquanto os jornalistas
fogem do local.” “Neste filme, os zombies correm, disparam
metralhadora, pilotam aviões, sabotam instalações militares, elétricas ou de
telecomunicações, parecem seguir um plano preconcebido para tomar o poder e são
espertíssimos, além de terem cara de batata queimada.” “Cannibal ferox” (1981), real. Umberto Lenzi, c/ Giovanni Lombardo
Radice, Lorraine
De Selle, Danilo
Mattei, Zora Kerova … estreia quarta-feira, 13 de janeiro de 1982 no
cinema Odéon. “Gloria Davis é uma estudante da Universidade de Nova Iorque a
escrever a sua tese sobre canibalismo. Acredita que é um mito e deseja
desmascarar a prática como um subproduto do colonialismo ocidental. Gloria
viaja para a selva amazónica com o seu irmão Rudy e o amigo Pat. Não muito
depois de perderem o transporte, eles partem a pé. Nas profundezas da selva,
deparam-se com dois homens, Mike e Joe, que afirmam ser pesquisadores de
diamantes perseguidos por canibais. Gloria e o irmão depressa percebem que algo
não está certo no Mike e na sua história. Conhecendo a verdade demasiado tarde,
os inocentes intrusos são capturados por selvagens da floresta em busca de
vingança.” “Cannibal ferox 2” (1985), real. Michele Massimo Tarantini, c/ Michael
Sopkiw, Suzane Carvalho [2], Milton Rodríguez,
Marta Anderson … estreia sexta-feira, 16 de janeiro de 1987 no
cinema Politeama. “Um avião despenha-se algures na floresta amazónica. Os
passageiros vão tentar sobreviver através da densa selva enfrentado animais
selvagens, tribos canibais e comerciantes de escravos.” “Apesar de a história se passar na Amazónia, as
cenas foram todas filmadas na Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro. (…). Nas
entrevistas que acompanham o DVD importado, há uma com o diretor Michele
Tarantini, onde ele explica como surgiu essa bizarra aventura: ‘O produtor
Luciano Martino, com quem trabalhei em vários filmes, leu nalgum lugar sobre a
descoberta de pegadas de dinossauro num vale brasileiro. E na mesma época, nos cinemas
italianos, estava a passar um filme com Michael Douglas, chamado ‘Romancing The Stone' (1984). Pensámos em fazer uma história parecida, mas
mais violenta, para o mercado asiático. Principalmente para o Japão, onde
Ruggero Deodato e o cinema italiano dominavam. Então adicionamos alguns
elementos de canibalismo e fizemos uma mistura de aventura, comédia, erotismo e
canibais.” “La belle captive” (1983), real. Alain
Robbe-Grillet, c/ Daniel
Mesguich, Cyrielle Clair, Daniel Emilfork, François Chaumette, Gabrielle
Lazure, Gilles Arbona, Arielle Dombasle … “Walter curte a noite no Matchu Club.
Acaba por beber demais, e chama a atenção de uma bonita loira. Ela recusa
dar-lhe o seu número de telefone, mas eles dançam e divertem-se toda a noite.
Finalmente, o divertimento de Walter é interrompido quando recebe um telefonema
da sua chefe, que precisa que ele entregue uma carta urgente a Henri de
Corinthe. No percurso, no meio da noite, ele encontra a loira bonita do clube,
caída na estrada, ferida. Ele meta-a no seu carro e chega à primeira casa que
encontra com a luz acesa, onde parece decorrer uma reunião misteriosa. Leva a
mulher para um quarto onde um médico diz que vai ajudá-la. O médico, então,
fecha a porta, e a mulher acorda, aparecendo nua, e seduzindo Walter para um
noite de sexo. Quando ele acorda na manhã seguinte, a mulher tinha ido embora,
não está ninguém na casa, e a casa em si parece estar em ruinas. Ele tem também
misteriosas feridas no pescoço.” {compilação do couro}. [3] "Tendres Couisines" (1980), real. David Hamilton, c/ Thierry Tevini, Anja Schüte, Valérie Dumas, Évelyne
Dandry, Elisa Servier, Gaëlle Legrand, Anne Fontaine, Fanny Bastien … “Mais
estético que erótico, mais sensual que carnal. (…). Adaptação do romance epónimo
de Pascal Lainé, ‘Tendres cousines’ conta a história de Julien, um adolescente
de 15 anos, que passa as férias no campo junto da sua prima, Julia, por quem
está apaixonado.” “Junho 1939. Julien está apaixonado pela sua prima
Julia. Ele vai revê-la, como todos os anos, durante as férias grandes na casa
da família no campo. Mas quando a encontra, alguns dias mais tarde, a jovem não
lhe presta mais atenção. Ela cresceu mais rápido que o nosso estudante. Ela só
se interessa por cavalos, batom e, sobretudo, Charles, o belo e jovem oficial de
carreira que deve casar com Claire, a irmã mais velha de Julien. Julien tenta
ser brilhante, mas de forma tão desajeitada que não consegue emocionar a prima.
Ele isola-se com os seus sonhos e as suas desilusões que nem repara no
interesse que lhe dedica Poune, a irmã mais nova de Julia. Poune tem 12 anos.
Mas chega a guerra! Todos os homens partem para a frente, exceto Julien. Ele
vai descobrir que o amor não é apenas um sonho de estudante. Ele aprende mesmo
a ser o único homem da casa. Até Julia olha-o agora com outros olhos. Ela
gostaria de conhecer, pelo seu lado, o que Julien aprendeu e o que o torna
doravante tão alegre, tão seguro de si. Quando Julia compreender, tudo correrá bem entre eles naquele verão.” “The Burning” (1981), real. Tony Maylam, música Rick Wakeman [4], c/ Brian Matthews, Leah Ayres, Brian Backer,
Larry Joshua … neste filme estrearam-se Jason Alexander, Fisher Stevens e Holly
Hunter. “Em 1976, no Campo Blackfoot, vários campistas pregam uma partida no
zelador, Cropsy. Durante a noite, Alfred esgueira-se na sua cabana e coloca uma
caveira cheia de vermes com velas nas orbitas junto da cama. Quando Cropsy é
acordado por eles a baterem na janela, fica tão aterrado pela caveira, que a
derruba na cama incendiando os lençóis e as roupas. Em chamas, Cropsy salta da
cama e derruba uma lata de gasolina, fazendo as chamas espalharem-se pela
cabana. Os rapazes assistem em choque enquanto Cropsy envolto em chamas,
tropeça e cai num rio.” “‘The Burning’ é uma pequena joia objeto de culto
dos fãs do slasher dos anos 80. É
considerado por muita gente o melhor exploit
surgido na sombra do ‘Sexta-feira 13’ e há quem pense que se trata de um título
superior.” {infame cena do massacre na jangada}. [5]
___________________
[1] Maria
Rosaria Omaggio, atriz e
escritora, nascida a 11 de janeiro de 1957. Em 1976 estreia-se no cinema em
dois poliziotteschi (filmes de crime
e ação), “Roma a mano armata”, real. Umberto Lenzi, c/ Maurizio Merli, Arthur
Kennedy … e “Squadra antiscippo”, real. Bruno Corbucci, c/ Tomás
Milián, Jack Palance. Vestiu-se para a Playboy maio 1976, Playboy julho 1980 e Playboy novembro 1982. Outros filmes: “La moglie dell'amico è sempre più
buona” (1980), real. Juan Bosch, c/ Sydne
Rome … “Culo e camicia” (1981), real. Pasquale Festa Campanile, c/ Enrico
Montesano, Renato Pozzetto.
[2] “Suzane Carvalho (Rio de Janeiro, 26 de dezembro de
1963) é uma ex-atriz e atual piloto de automóveis. Ela é filha da atriz Lia
Farrel e irmã da também ex-atriz Simone Carvalho. Suzane começou como atriz bem cedo, aos dois anos de
idade já fez seu primeiro trabalho em publicidade. No teatro, começou aos 13
anos no musical infantil ‘O Circo’. Peça em que a ex-atriz interpretava uma
coelhinha.” Em outubro de 1982 foi capa da Playboy.
[3] Falecido em 2008, foi casado com a mais famosa dominatrix de França, Catherine
Robbe-Grillet. “Em 1951,
ela tornou-se amante do escritor – e sádico consumado, Alain Robbe-Grillet, com
quem se casou mais tarde.” “Escritor e cineasta francês, nascido a 18 de agosto de 1922, em Brest.
Licenciou-se em Biologia em 1945 pelo Instituto Nacional de Agronomia. Através
do contacto com Nathalie Serraute e Claude Simon, apaixonou-se pela literatura,
tendo sido um dos criadores do movimento nouveau
roman dos anos 50, alicerçado na
«anti-novela», pois nos seus textos eliminou qualquer premissa psicológica,
incidindo a sua escrita sobre uma descrição neutra das formas e dos objetos:
Les Gommes (1953), Le Voyeur (1955), La Jalousie (1957), Dans le labyrinthe
(1959), Entre Dois Tiros (1975), Djinn, Uma Mancha Vermelha no Pavimento
Estragado (1981) e Les Derniers Jours de Corinth (1994) foram os seus títulos
mais significativos. Foi convidado por Alain Resnais para ser o argumentista do
filme-culto L' Année dernière à Marienbad (O Último Ano em Marienbad, 1961) que
veio a ser premiado com o Leão de Ouro do Festival de Veneza. A partir de
então, passou a conciliar a literatura com a cinematografia, tendo assumido a
realização de filmes como L'Immortelle (1963), L'Éden et Après (1970), Le Jeu
Avec le Feu (1975) e Un Bruit qui Rend Feu (1995), todos eles inéditos
comercialmente em Portugal.”
Robbe-Grilett interpretou o papel de
Edmond de Goncourt no filme “Le temps retouvé” (1999), real. Raul Ruiz, produção Paulo Branco.
[4] “Originalmente, foi oferecido ao compositor do filme,
Rick Wakeman, uma percentagem nos lucros que o filme fizesse, mas
ele decidiu optar por uma remuneração, visto que pressentiu que o filme não
tinha hipótese de ser bem-sucedido. Acabou por ser o filme de terror com maior
êxito de bilheteira no Japão.”
[5] As nobres
cenas de Selena Green-Vargas, de
Rochester, Nova Iorque, consultora de beleza independente na Mary Kay Inc.,
padeira, caixa. “Sempre disposta a aprender e a trabalhar para me aperfeiçoar.
Adoraria um emprego na indústria dos alimentos, o emprego de sonho é tornar-me
chefe de pastelaria.”
no aparelho de televisão
“Night Court” (1984-92), série americana transmitida às sextas-feiras,
na RTP 1, pelas 22h30, de 22 de abril / 7 de outubro de 1988. “Harry Anderson
interpreta o afável e irreverente juiz Harold ‘Harry’ T. Stone de um tribunal
do turno da noite em Manhattan. Embora ele apareça como um brincalhão
iconoclasta que despreza o procedimento legal padrão (num episódio, proferiu a
sentença lançando moeda ao ar), Harry era um jurista de grande sucesso com um
sentido de fair-play bem refinado,
cujo tratamento das aves raras que desfilavam no seu tribunal, resultava numa
gratificante baixa taxa de reincidência e num largo número de recuperações. Mesmo
aqueles que nunca estiveram perante o juiz Stone em tribunal conheciam as suas
adoráveis excentricidades, incluindo a predileção por jeans desbotadas e adoração pelo cantor Mel Tormé. O elenco secundário incluía John Larroquette, como o
procurador do Ministério Público Dan Fielding, que passava tanto tempo a
faturar mulheres no tribunal noturno, como a tentar garantir as condenações, e
Richard Moll, como o oficial de justiça careca Aristotle Nostradamus ‘Bull’
Shannon, que ladrava mais do que mordia, mas por um triz.” “The Singing Detective” (1986), minissérie inglesa transmitida às sextas-feiras,
na RTP 2, pelas 22h10, de 15 de abril / 20 de maio de 1988. “‘O detetive cantor’
foi a primeira série televisiva que Dennis Potter escreveu depois do enorme
sucesso de ‘Pennies from Heaven’. Baseada na experiência do autor como doente
num hospital, esta obra é uma mistura de um romance policial passado nas ruas e
nos clubes de Londres depois da guerra, com recordações comoventes da infância
e uma série de canções populares de 1940.” Enredo: “o escritor de policiais
Philip E. Marlow sofre um bloqueio criativo e está hospitalizado por causa da
sua artrite psoriática, uma doença crónica da pele e das articulações, que está
numa fase aguda formando lesões e feridas pelo corpo todo e, parcialmente,
incapacita as suas mãos e pés. Dennis Potter sofreu ele próprio desta doença, e
escreveu com uma caneta amarrada ao punho, da mesma forma que Marlow o faz no
último episódio. Embora grave, o estado de Marlow era intencionalmente
subestimado, quando comparado com Potter, cuja pele às vezes rachava e sangrava.” “Harem” (1986), telefilme rodado em Londres, Tunes e
Espanha, transmitido às quintas-feiras, na RPT 1, pelas 21h00, de 29 de
dezembro de 1988 / 19 de janeiro de 1989. “Harém é uma produção norte-americana
que conta com a participação de grandes nomes do cinema e da televisão. Nancy
Travis, Omar Shariff, Art Malik, Ava Gardner (no seu último papel) e Sarah Miles desempenharam
alguns dos principais papéis numa história escrita por Karol Ann Hoeffner e
realizada por Billy Hale. A ação passa-se em 1906.” Enredo: “Jessica Gray, uma inocente
jovem anglo-americana, está em Londres na preparação do casamento, quando a
licença do noivo, Charles Windon, é subitamente cancelada e ele é chamado a
Damasco em serviço diplomático, right
away. Como não há data de regresso,
pode durar meses, ele propõe, para não adiar o enlace, realizá-lo na embaixada
em Constantinopla. Ela parte com o pai e o noivo. Numa visita turística, ela é raptada
pelo que parece ser uma tribo beduína e vendida para o harém de um sultão
otomano. O homem que a levou cativa, na verdade, não é um beduíno, mas um jovem
turco revolucionário educado em Oxford, em combate desigual, porém determinado,
contra as forças do despótico sultão Hassan: ‘mesmo uma térmita se for
suficientemente persistente pode destruir um palácio’, que troca Jessica pela
libertação dos seus amigos nas prisões do sultão. Enquanto o noivo luta para a
libertar do harém, inadvertidamente, contrata o homem que a pôs lá, por quem
ela entretanto se apaixonou.” [1] “First Among Equals” (1986), série inglesa, adaptada do bestseller de Jeffrey Archer, transmitida
às quintas-feiras, na RTP 1, pelas 22h05, de 23 de abril / 9 de julho de 1987. “1.º
Episódio: em outubro de 1964, quatro novos membros do parlamento ocupam os seus
lugares em Westminster, numa altura em que o Partido Trabalhista regressa ao
poder depois de 13 anos na oposição. As origens destes jovens, dois
conservadores e dois trabalhistas, são completamente diferentes. Nos 25 anos
que se seguem, estes homens vão subir as escalas do poder e combaterão entre si
na arena política.” “Belfie e Lillibit” (1980), série de animação transmitida às sextas-feiras,
na RTP 1, pelas 18h00, no “Tempo dos mais novos”, depois, a partir de 21 de
outubro, “Janela mágica”, mais ou menos, de 5 de agosto a 4 de novembro de
1983. “The Littl’ Bits / Mori no Yōki na Kobitotachi: Berufi to Rirubitto (‘alegres
gnomos da floresta: Belfy e Lillabit’) é uma série de anime japonesa com 26 episódios, produzida em 1980 pela Tatsunoko
Productions no Japão. (…). A série descreve as aventuras de uma raça de gente
minúscula que vive numa aldeia simples na floresta de Foothill. Centra-se em
particular num grupo de crianças: Lillibit, Willibit, Snagglebit, Chip e
Browniebit. Snagglebit, o mimado filho do prefeito, está apaixonado pela bela
Lillibit, mas ela é a melhor amiga de Willibit, o modelo moral e principal
herói. Assim, ainda que, em geral, eles se deem bem, Willibit e Snagglebit
muitas vezes marram um com o outro, sobretudo por causa de Lillibit. Snagglebit
habitualmente é acompanhado pelo pequeno Browniebit, que é um pouco cobarde (e
é muitas vezes provocado por Snafflebit por causa disso), e por Chip, que
idolatra o tio de Lillibit, o Dr. Snoozabit, e quer ser médico como ele.” [2]
__________________
[1] “3.º Episódio: Jessica é levada à presença do sultão.
Enquanto este está à espera que ela se dispa, Jessica consegue convencê-lo de
que o caminho ideal para a conquista é à maneira ocidental. E assim, pela primeira
vez em seiscentos anos, um sultão passa a noite inteira a conversar com uma
mulher.”
[2] Quadro
profissional nacional. Outrora as mulheres, condenadas ao curso de Psicologia, no
país de cofres mais cheios na Europa, agora, diversificam o enxoval com a lei das
cotas: aprovada para aumentar a oferta de emprego para as mulheres burguesas de
meia e terceira idade. A
secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais,
limpa o pó e cozinha em 2015: “As empresas têm nas suas próprias mãos a solução
para este problema e portanto estão a tempo de o resolverem sem uma lei de
quotas. Se não o fizerem voluntariamente, deixarão aberto esse caminho.” No
velho leste ainda se cursa Psicologia.
Olya, 1,72 m, 51 kg, 82-62-91, olhos cinzentos, cabelos
loiro escuro, ucraniana, t.c.c. Mara. Olya: “Gosto de andar de bicicleta com os meus amigos. Não
tenho licença para conduzir um carro, e gosto da bicicleta porque, para
bicicleta, não é necessário ter licença :)” “Olya é uma adorável estudante de Psicologia.
Ela, por natureza, é muito carinhosa e tem muitos amigos, passando muito tempo
com eles. A rapariga também se interessa por arte decorativa e cria bonitos
postais. Mas o mais bonito dela é certamente posar nua.” {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos}.
Outro segmento
do mercado de trabalho de muito sucesso feminino é a política. Nele a nudez é
fortuita pois são os ideais as vedetas. Políticas
nuas. Nos anos 70, apenas uma governava
o mundo, Margaret
Trudeau: “Quero ser
mais do que uma rosa na lapela do meu marido.” “Uma tarde, na primavera de
1977, provocada por um comentário condescendente a mais, a mulher do primeiro
ministro do Canadá correu pelas escadas da residência oficial em Otava, e
rasgou em pedaços com as próprias mãos uma tapeçaria pendurada no patamar. Ela
ofendeu-se, não pelos tons terra da tapeçaria ou os grandes nós salientes, mas
pelas palavras bordadas nela: la raison
avant la passion, o lema favorito do seu frio e intelectual marido,
Pierre Elliott Trudeau. Margaret Trudeau cometeria excessos muito piores antes
de o casamento ser finalmente dissolvido: contrabandeando drogas na bagagem do
primeiro-ministro, envolvendo-se com estrelas rock e playboys,
permitindo-se ser fotografada de cócoras num degrau do Studio 54 visivelmente
sem cuecas”, David Frum em “How We Got Here: The 70s The Decade
That Brought You Modern Life - For Better Or Worse”. – Em 2013, a ex-vereadora do
PSOE, de meia-idade, 42 anos, Olvido Horminos era a chica interviú. Mais tarde nesse ano, “Olvido
Hormigos está de
vuelta en las páginas de Interviú. Después de un primer posado con el que la
revista del Grupo Zeta batió el récord de ventas de este año, la expolítica
ataca de nuevo como protagonista del calendario Interviú del 2014.” {vídeo}. “Carlos Sánchez, guarda-redes do FC Los Yébenes, de
27 anos, é o responsável pela difusão de um videio porno de Olvido Horminos
Carpio no YouTube e no Twitter e noutros sites
mais apropriados como o YouPorn. (…). Em 2012, um vídeo erótico gravado por ela própria em que aparece a
masturbar-se, teria sido destinado ao futebolista, que o pôs a circular através
do whatsapp, como vingança, por ela o
ter abandonado. Olvido está casada com um carpinteiro e tem dois filhos, um
deles de 13 anos [entretanto, nasceu a pequena Valeria em 2014]. (…). Além de vereadora do PSOE em Los
Yébenes (Toledo), cargo que tem desde 2011, é professora de Inglês e de
Educação Infantil no colégio José Ramón Villa, na cidade vizinha de Mora.” – Em 2014, a ministra da Educação do Governo de
Matteo Renzi, Stefania Giannini, 54 anos, ensinava-se na revista Chi. “Esta é a primeira vez na história da República que
um membro do Governo em exercício é fotografado na praia sem soutien. Na semana
anterior, foi a vez da ministra das Reformas acabar nas lentes dos paparazzi, mas Maria Elena
Boschi, vestia um ‘casto’ biquíni.”
Olga Lyulchak, (Люльчак Ольга), 1,70 m, 63 kg, 86-68-100, sapatos 37, cabelo castanho-escuro,
nascida em 11 de maio de 1984, em Kiev, Ucrânia, modelo, “tem experiência
fotográfica em publicidade, programas de televisão e fez uma sessão de fotos
com fotógrafo profissional”. Os jornais
ingleses ensacaram Olga Lyulchak no Fappening
(o esgalhanço… do pessegueiro), a grande fuga de imagens privadas de 31 de
agosto de 2014, de mulheres (e alguns homens) que vivem do corpo, cantoras e
atrizes, para quem mostrá-lo sem compensação monetária é tão grave como pedir
uma informação a um advogado sem lhe pagar, é crime de lesa ganha-pão. Os
jornais ingleses ludibriaram na pressa de mostrar fotos de mulheres públicas
nuas. Elas eram do site de uma
agência de casting profissional,
explicou Olga. “A imprensa britânica noticiou que as fotos foram
roubadas por hackers. Quando, na
verdade, elas estavam disponíveis no domínio público. Provavelmente, na cabeça
dos média britânicos não encaixa que uma candidata ao parlamento possa, por sua
própria iniciativa, colocar essas fotos no acesso aberto. Após as fotos
indecentes da Sra. Lyulchak se tornarem públicas, o Bloco Poroshenko decidiu
retirar a jovem da eleição para o 217.º distrito em Kiev.” Olga, como todos os políticos, “Não fez nada de que
se envergonhar, a sua consciência está limpa.” “As minhas fotos nua apareceram online, mas eu estou-me nas tintas.” “Sim,
essas fotos, qual é o problema? Mas, para mim, absolutamente nada de que se
envergonhar. Exibiram-nas em sites
eróticos e de serviços de acompanhantes. Não entendo por que ter vergonha do
seu corpo, se o mundo inteiro admira as obras de arte dos grandes mestres como
Van Gogh, Ticiano, Rembrandt, que criaram pinturas, admirando a beleza e nudez
femininas. Eu também não consigo imaginar que na sociedade [ucraniana] de hoje,
que se esforça por integrar a Europa, possa ter essa reação às fotos. Por isso
agora, quando o presidente assinou a ratificação do Acordo de Associação com a
UE, voltamos para a moral do passado soviético?” “Nos nossos dias, a mulher que aparece nua é
considerada vulgar e vergonhosa. Não consigo entender isso. Eu acho que elas
são arte pura.” “Lyulchak perdeu o seu lugar na Câmara Municipal da capital
ucraniana, Kiev, nas eleições de maio 2014. Ela é membro do partido Aliança
Democrática para a Reforma do antigo campeão mundial de pesos pesados Vitali
Kiltschko, como candidata às próximas eleições parlamentares em 26 de outubro
(2014).”
na aparelhagem stereo
A mulher da terceira
idade, emancipada do espanador do pó e das panelas da cozinha, cotiza elevados
lavores na comunidade, curada da canície, expulsa as mais novas e borda
contributos insubstituíveis que melhoram a vida coletiva. Gustavo Sampaio, jornalista, autor de “Os
facilitadores”, compêndio das empresas de advogados estruturantes de uma
economia moderna e próspera em Portugal, explicava as reações ao seu livro
anterior: “De ‘Os privilegiados’, só de Celeste Cardona, que me processou por
ter utilizado a foto dela na capa, não pelo conteúdo.” “Celeste Cardona não
queria estar na capa do livro ‘Os privilegiados’ ao lado de nomes como Duarte
Lima e Armando Vara. Por isso, processou a editora, Esfera dos Livros, e o
autor, Gustavo Sampaio. A sentença de primeira instância, lida esta
segunda-feira [02-11-2013], absolveu-os. (…). O argumento de Maria Celeste Cardona
era o de que não tinha dado autorização para constar na capa do livro e, por
isso, queria retirar todos os livros do mercado.” “Celeste Cardona pedia que ‘fossem retirados todos
os livros que se encontrassem no mercado e que a Esfera dos Livros e o autor
fossem impedidos de continuar a comercializá-los, reproduzi-los ou apenas
exibi-los, com a capa em questão e proibidos para a finalidade visada na obra
ou qualquer outro fim, de utilizar qualquer fotografia da autora, ficando
sujeitos a uma sanção pecuniária compulsória de 5000,00 euros por cada dia de atraso
no cumprimento da decisão’, segundo a assessoria da Esfera dos Livros.” Em 2014, noticiavam os jornais, Celeste Cardona auferia
69 999 euros / ano por um currículo, no site da EDP, em língua que chinês pelcebe: “She holds a Doctorate degree in law from the Faculdade de
Direito da Universidade de Lisboa, having been an Assistant Professor in the
same university.” [1]
No fundo musical. “The lecherous
creeps all marry up / Down by the sea / Down by the sea”, “Lover’s
Cave” (2013), real. Richard Kern, p/ IS
TROPICAL, composição:
Simon Milner (guitarra), Gary Barber (guitarra), Dominic Apa (bateria) e Kristie Fleck (cantora). “Quando se trata de estimular visualmente a
confusão, o grupo britânico IS TROPICAL reina supremo. Com apenas dois álbuns no
papo lançados na etiqueta francesa de discos e moda Kitsuné, já conseguiram lançar um sólido punhado de vídeos
ridiculamente épicos.” “South Pacific” (2011) ♪ “The Geeks” (2011) ♪ “Lies” (2011) ♪ “Dancing
Anymore” (2013) ♪ “Yellow Teeth” (2013). No terceiro LP “Black
Anything”: “Crawl” (2014) ♪ “On My Way” (2014).
Em Portugal, a mulher burguesa na
terceira idade é celebrada, benquista, oraculizada, e porque, graças à
intervenção da irmã Lúcia, não lhe nasce um cabelo branco, derrotam a
concorrência das mais novas, constrangidas a empregos como hospedeiras de
eventos ou operadoras de telemarketing, e açambarcam o topo da administração
pública e privada. Na Ucrânia, antes de envelhecer, as dores do crescimento. No
dia 4 de julho de 2011, em Lugansk, no restaurante Baccara, a deusa Maria Korshunova convivia com a também divina Daria Zayats [2], ambas modelos,
quando é embrulhada numa cena de pancadaria, afinfa com uma garrafa nos cornos
de um filho de papá político, leva nas fuças e é arrastada pelos cabelos num
mar de tranquilidade dos outros clientes - gravado em vídeo. “O médico da ambulância, Valery Kulyk, afirmou numa
audiência no tribunal do Distrito Leninsky, em Lugansk, que após a ‘luta’ com
Maria Korshunova, Roman Landik, filho de um membro do parlamento do Partido das
Regiões, e ele próprio deputado do Concelho Municipal de Lugansk, sofrera uma
concussão. (…). Ele disse que examinou primeiro Korshunova. Ele disse que
escreveu que ela tinha um golpe no tecido mole. Ela disse que tinha desmaiado,
e por isso ele não excluiu a possibilidade de concussão e sugeriu que ela fosse
para o hospital, o que ela recusou. Ele não encontrou, contudo, uma fratura no
nariz, e diz que soube disso através dos média. Então, ele diz que examinou
Landik e encontrou-o com uma lesão na cabeça, pulso irregular e concussão. Ele
diz que após o exame, Landik foi conduzido para o hospital para levar pontos na
ferida.” “Em 19 de janeiro de 2012, o tribunal regional de
Leninsky, na cidade de Lugansk, considerou o filho de Vladimir Landik, deputado
do Povo da Ucrânia do Partido das Regiões, o deputado da Câmara Municipal de
Lugansk, Roman Landik, culpado de agredir Maria Korshunova, de 20 anos,
condenando-o a três anos de cadeia com pena suspensa de dois anos. O
deputado-pugilista foi libertado diretamente na sala de tribunal. Ele cumprira
seis meses de prisão preventiva.” Em abril, Maria regressa a tribunal, “O recurso…
hoje recebi uma intimação para 24 de abril. Eles entraram com uma ação cível e
exigem o retorno da compensação, 320 000 grívnia (40 000 dólares).” A
mulher de Vladimir Landik quer o dinheiro de volta. “Ela escreveu que o acordo
foi feito sem o seu consentimento e requereu a rescisão.” “Bem, no início
recusei a compensação da sua família. E então, quando descobri quanto custaria
um advogado neste caso ressonante, decidi aceitar a compensação. Advogado,
tratamento e depois começou o julgamento, tratamento novamente. Tratei a
concussão, depois tratei os nervos, os nervos outra vez, os nervos.” Após, o
primeiro julgamento, Maria partiu à conquista da capital. “Todas as pessoas
olhavam para mim intensamente, nas ruas, nas lojas, em qualquer lado.
Constantemente, a olhar, a olhar.” “Vim para Kiev com uma mala e um sonho. Como
uma vulgar provinciana.” [3]
Fundo musical. “Incarnated
marvels simplified / Effects from such a disconsolate kind / Impotence of the
once so perfect living / Erase and rewind”, “Kings of The Carnival
Creation” p/ Dimmu Borgir
Simplificadas
maravilhas encarnadas
█ “Real Gone Kid” (1988), p/ Deacon Blue.
“Banda escocesa formada em Glasgow em 1985. O nome foi retirado do título da
canção ‘Deacon Blue’ (1977) dos Steely Dan [4].
A composição da banda consistia nos vocalistas Ricky Ross e Lorraine McIntosh,
o teclista James Prime e o baterista Dougie Vipond.” “Quando os Deacon Blue retomaram a fiada da sua
carreira discográfica com ‘The Hipsters’ em 2012, não imaginavam o impacto que
o álbum teria. Naturalmente, os fãs fiéis do grupo de imediato aceitaram-no e o
álbum navegou para o Top 20 na semana de lançamento. Entretanto, os modeladores
do gosto nos média subiram a bordo, em particular a Radio 2, que destacou nas playlists ‘The Hipsters’, ‘The Outsiders’, ‘Turn’ e ‘That’s What We Can Do’. Assim que a banda entrou em tournée e a palavra se
espalhou, uma nova geração descobriu a música dos Deacon
Blue.” █ “The King of Rock 'N' Roll” (1988), p/ Prefab Sprout.
“Banda de Witton Gilbert, County Durham, Inglaterra. Estrearam-se em 1982 com o
single, lançado por eles próprios, ‘Lions in My Own Garden: Exit Someone’ – o compositor Paddy McAloon queria um título cujas
primeiras letras das palavras soletrassem Limoges, a cidade francesa onde a sua
ex-namorada vivia na altura. O jornalista de música Stuart Maconie descreveu a
faixa como ‘enigmática, melancólica, melodiosa e, portanto, perfeita para um
licenciado em literatura desempregado com problemas com a namorada’. (…). De
acordo com o Guinness Book of British Hit Singles & Albums, o nome da banda
é um mondegreen da canção ‘Jackson’,
de Nancy Sinatra e Lee Hazlewood, mal percebida por Paddy McAloon.” [5] Discografia. █ “Dancing Girls” (1983) ♪ “Wouldn't It Be Good” (1983), p/ Nik Kershaw.
“Nicholas David Kershaw nasceu a 1 de março de 1958 em Bristol e cresceu em
Ipswich, Suffolk. Estudou na Northgate Grammar School for Boys onde tocava
guitarra, - ele foi autodidata neste instrumento. Abandonou a escola a meio do
secundário e arranjou emprego numa repartição do subsídio de desemprego. Cantou
numa série de bandas underground de
Ipswich. Contudo, quando a última, os Fusion, se desfez em 1982, ele embarcou numa carreira a
tempo inteiro como compositor e músico.” Nik Kershaw tocará guitarra e fará coros,
juntamente com George Michael, na saudosa “Nikita” (1985), do esposo amoroso e pai babado Elton John. █ “What is Love?” (1983), p/ Howard Jones.
“John Howard Jones nasceu numa família com música no coração. Os irmãos mais
velhos, Roy, Martin e
Paul são músicos que alcançaram notoriedade nos começos de 1980 numa banda
chamada Red Beat, com Chris Thompson e Kevin Mann, e Roy em 1984 editou
na Alemanha o single ‘Power Reflex’, com Paul na bateria e Cheese Benson na guitarra, sob
o nome Red White & Phoenix; desde então Roy interessou-se pela música
celta, em 1995 gravou com os Ysbryd, (significa ‘espírito’ em galês), e tem lançado alguns
álbuns de música de dança eletrónica pintada de dubstep, tanto sob o seu nome como sob o pseudónimo dRedzilla. Howard nasceu a 23 de fevereiro de 1955 em
Southampton de pais galeses, e passou os seus primeiros anos em Rhiwbina,
Cardiff, Gales do Sul, onde frequentou a escola primária Heol Llanishen Fach e
depois a Whitchurch Grammar School.” Carpia um dia Howard em 2006: “Olhe para as minhas
canções, elas não são sobre consumo de droga ou deboche ou rock and roll. São acerca de pensamento positivo e desafiar as
ideias das pessoas. (…). Eu nunca estive na moda. Nunca tive boas críticas. Mas
estou orgulhoso do facto de não ser querido pelos média. Na altura, pensava que
o rock and roll era uma forma
alternativa de viver mas, na verdade, não foi esse o caso. A música pop é tão reacionária e intolerante. E
descobri que o que é cool, é muitas
vezes bastante superficial e transitório.”
█ “A Good Heart”, (1985), p/ Feargal Sharkey.
“Sean Feargal Sharkey, que nasceu a 13 de agosto de 1958 em Derry, Irlanda do
Norte, foi cofundador dos Undertones, no seu arranque, em 1976. Na década de
70, eles tocaram em muitos locais por toda a Irlanda do Norte, incluindo o
Flamingo Ballroom em Ballymena e o Chester’s em Portrush. Os Undertones tiveram
vários êxitos britânicos com canções como ‘Teenage
Kicks’ (1978), ‘Here Comes The Summer’ (1979), ‘My Perfect Cousin’ (1979), ‘Wednesday Week’ (1980) e ‘It’s Going To Happen!’ (1981). A banda desmanchou-se em 1983, alegando
divergências musicais, com Sharkey seguindo uma carreira a solo, e os restantes
membros formando os That Petrol Emotion, no ano seguinte. Antes de a sua carreira arrancar,
ele foi também cantor uma única vez nos Assembly, com o ex-membro dos Yazoo e dos
Depeche Mode, Vince Clark (antes dos Erasure). Em 1983 o seu single ‘Never
Never’ foi n.º 4 no Reino Unido.” █ “State of the Nation” (1983), p/ Industry. “Como se
Nova Iorque não fosse já industriosa o suficiente, durante 1980 uma Industry,
do género musical, lançou o seu EP de estreia, ‘Logging
Time’, na etiqueta independente Metro
Records. Industry, a banda, formara-se um par de anos antes, como Industrial
Complex, mudaram para Industry em 1979, e incluía os talentos de Jon Carin (voz
/ teclados / sintetizador, ex-Cathedral), Brian Unger (guitarra / voz), Rudy Perrone (baixo /
guitarra, ex-Cathedral) e Mercury Caronia (bateria). Eles tocavam uma mistura
vanguardista de pós-punk e pop rock
ensopado de sintetizadores, inspirada pelo gosto por Ultravox e Joy Division, e
rapidamente registaram um considerável número de concertos na costa leste dos
EUA. Um segundo 12 polegadas intitulado ‘Turning To Light’ viu a luz em 1981, mas a ação nos tops permaneceu elusiva para o quarteto.” █ “Your Love” (1985), p/ The Outfield.
“É um power trio de pop rock / power pop sedeado em
Manchester. Os Outfield são invulgares para uma banda britânica, que fez
sucesso comercial nos EUA, mas nunca obteve sucesso similar na sua terra natal.
(…). O baixista / vocalista Tony Lewis, o guitarrista / teclista e compositor
John Spinks e o baterista Alan Jackman tocavam juntos no final dos anos 70 numa
banda de power pop simples chamada Sirius B. Embora ensaiando cerca de seis meses
e tocando vários concertos, o seu estilo não combinava com o punk rock,
que crescia em popularidade na Inglaterra e eles separaram-se. Vários anos
depois, reuniram-se em Old Trafford, sob o nome The
Baseball Boys. Tocaram em
Londres e arredores até que uma demo
lhes conseguiu um contrato com a Columbia / CBS Records em 1984. Spinks adotou
o nome Baseball Boys do gangue adolescente chamado The Baseball Furies no filme de culto ‘The
Warriors’ (1979), [estreado
quinta-feira, 15 de novembro de 1979 nos cinemas Éden e Pathé], que ele acabara
de ver. Embora ele tivesse usado o nome como uma piada e ‘apenas para chocar’,
o pessoal da editora reagiu favoravelmente. A banda ganhou reputação como um
grupo soando muito americano e assinou nos EUA, depois de tocar apenas poucos
meses na Inglaterra. O seu manager,
um americano que vivia em Londres, recomendou um novo nome para o grupo.” “‘Ele era um fã fanático de basebol, portanto gostava
da ideia do nome Baseball Boys’, Spinks contou. ‘Mas disse que era demasiado
foleiro e irónico para ser aceite ao nível comercial na América. Ofereceram-nos
carradas e carradas de nomes, mas Outfield foi a coisa de tipo mais à esquerda
que gostámos.”
█ “Being Boiled” (1978) ♪ “Lebanon” (1984) ♪ “Human” (1986), p/ The Human League.
“Antes de adotar o nome Human League, a banda, por um curto período, teve duas
prévias encarnações. No princípio de 1977, Martyn Ware e Ian Craig Marsh, que
se conheceram no projeto de artes juvenis Meatwhistle de Sheffield, eram ambos
operadores de computadores. A sua colaboração musical combinava música pop (como o glam rock e Tamla Motown)
com música eletrónica avant-garde.
Com a queda dos preços dos componentes eletrónicos em meados dos anos 70, os
equipamentos tornaram-se mais acessíveis ao consumidor médio. Ware e Marsh
compraram juntos um sintetizador Korg 700s e aprenderam a tocá-lo. A sua
reputação musical propagou-se e foram convidados para tocar na festa do
vigésimo primeiro aniversário de um amigo. Para a festa, Ware e Marsh
constituíram-se numa banda informal chamada The Dead Daughters. (…). Após mais
uns quantos concertos privados, Ware e Marsh decidiram oficialmente formar uma
banda. Juntos com o seu amigo Adi Newton e outro computador (um Roland
System-100), formaram The Future e começaram a criar música no seu local de
ensaio numa oficina de cutelaria abandonada no centro de Sheffield. (…). Ware e
Marsh procuraram um vocalista, mas a sua primeira escolha, Glenn Gregory,
estava indisponível (Gregory tornou-se vocalista da sua banda posterior, Heaven
17). Ware decidiu convidar um velho amigo de escola, Philip Oakey, para se
juntar à banda. Oakey trabalhava como porteiro num hospital na época e era
conhecido na cena social de Sheffield pelo seu estilo eclético de vestir.
Embora ele não tivesse experiência musical, Ware achou que Oakey seria ideal
como vocalista dos The Future, porque ‘ele já parecia uma estrela pop’. Quando Ware procurou Oakey,
verificou que ele estava ausente, por isso pediu-lhe para se juntar aos The
Future deixando-lhe um bilhete colado na porta da frente.” █ “Music To Kill Your Parents
By” (1981) ♪ “Balls
of Confusion” ft. Tina Turner (1982) ♪ “I Don't Know Why I Love Yo”
ft. Green Gartside (1991) ♪ “Every Time I See You I Go
Wild” ft. Kim Wilde (2013), p/ B. E. F. “Os British
Electric Foundation foram uma banda / empresa de produção formada pelos
ex-membros dos Human League, Martyn Ware e Ian Craig Marsh, que mais tarde se
tornaram nos Heaven 17 (com o vocalista Glenn Gregory). O primeiro lançamento
de Ware e Marsh como B.E.F., em 1980, uma coleção de músicas instrumentais chamada
‘Music For Stowaways’, só estava disponível em cassete e foi inspirada pelo
aparecimento do primeiro walkman da
Sony (ao início comercializado no Reino Unido como Sony Stowaway). Houve também
um lançamento em vinil, ‘Music For Listening To’, principalmente centrado nas
vendas de exportação, que foi ligeiramente truncado (embora com a adição de uma
faixa não encontrada na cassete).” █ “Play To Win” (1981) ♪ “Temptation”
(1983) ♪ “This Is Mine”
(1984), p/ Heaven 17. “Ian Craig Marsh e Martyn
Ware foram os membros fundadores do grupo pioneiro de electro-pop The Human League, sendo Glenn Gregory a opção inicial,
quando procuravam um vocalista, indisponível na altura, a escolha recaiu sobre
Philip Oakey. Quando as tensões pessoais e criativas dentro do grupo atingiram
o ponto de rotura no final dos anos 80, Marsh e Ware deixaram a banda, cedendo
o nome Human League a Oakey. Tiraram o novo nome de um grupo pop fictício mencionado na novela ‘A
Clockwork Orange’, de Anthony Burgess, (onde os Heaven Seventeen estavam no
número 4 das tabelas com ‘Inside’).” [6]
█ “Live It Up” (1985), p/ Mental As Anything.
“Formados por capricho por um grupo de estudantes de arte entediados em busca
de bebidas de borla, os brincalhões australianos Mental as Anything forjaram
uma carreira estendendo-se por várias décadas, permanecendo as suas línguas
firmemente sarcásticas durante a sua existência. Estreando-se em 1978, o grupo
de Sydney incluía o cantor / guitarrista Reg Mombasa (nascido Chris O’Doherty),
o seu irmão, o baixista Peter O’Doherty, o guitarrista Martin Plaza, o teclista
Andrew ‘Greedy’ Smith e o baterista Wayne Delisle; o seu primeiro concerto foi
realizado num hotel próximo, com a mesa de bilhar servindo como palco improvisado.”
█ “Revolution Baby” (1987)
♪ “I Want Your Love”
(1988) ♪ “Baby I Don't
Care” (1989), p/ Transvision Vamp. “Nick
Christian Sayer era um compositor em busca de uma cantora. Desde o princípio
que ele procurava uma estrangeira da Escandinávia ou da Europa e conheceu, de
facto, uma linda dinamarquesa, mas ela não sabia cantar muito bem. A verdadeira
história dos Transvision Vamp começou na noite de 4 de novembro de 1983. Wendy
James cantava sobre suportes rítmicos de Patti Smith num bar after-hours para ganhar algum dinheiro
extra. Nick Sayer estava também nessa noite no decrépito clube cave. Ele ficou
cativado pela voz mágica de Wendy e, mais tarde, perguntou-lhe se ela não
estaria disposta a juntar-se-lhe e cantar as canções que ele escrevera. Wendy,
que era uma estudante de teatro na época, decidiu abandonar a escola e seguir o
seu destino, unindo-se com Nick para abalar e escrever alguma música rock. Ainda que Nick e Wendy estivessem
no desemprego, gastaram a maior parte do seu dinheiro em cordas de guitarra e
fitas para o gravador Teac 144 de 4 faixas de Nick. Ao longo dos próximos
dezoito meses, Nick e Wendy trabalharam duro, gravando um fita com seis canções
que incluía: ‘We Travel’, ‘Space Junk’, ‘Sky High’, ‘I’ll Do Anything’, ‘Rocket
To Me’ e ‘Satellite Boy’. As canções destinavam-se a ser uma banda sonora de um
filme que eles queriam fazer chamado ‘Saturn 5’, inspirado no seu amor por
filmes de ficção científica. O filme era sobre um planeta futurista habitado
apenas por jovens. Eles foram ao ponto de ter os figurinos desenhados com a
ajuda de uma rapariga do Brighton Art College. No seu quarto, Nick e Wendy
tiveram também a ideia de um nome para a banda, um nome que sugerisse
‘re-excitação, seduzindo a cena musical mundial’.” █ “Rise” (1986), p/ Public Image Ltd. “Também conhecido como PiL, são uma
banda pós-punk formada pelo vocalista
John Lyndon, o guitarrista Keith Levene, o baixista Jah Wobble e o baterista
Jim Walker. O staff mudou
frequentemente ao longo dos anos que se seguiram. Lyndon é o único membro
constante da banda. A seguir ao divórcio dos Sex Pistols em 1978, Lyndon passou
três semanas na Jamaica com o chefe da Virgin Records, Richard Branson, nas
quais Lyndon assistiu Branson no reconhecimento de músicos reggae emergentes. Branson também levou a banda americana Devo para
a Jamaica, com o objetivo de implantar Lyndon como cantor principal do grupo.
Os Devo recusaram a oferta. (…). Os PiL foram a Telavive como cabeças de cartaz
do festival Heineken Music Conference 2010, em agosto de 2010. O grupo
enfrentou críticas por furar o boicote a Israel de alguns músicos ingleses,
feito em protesto contra as políticas israelitas para com os palestinianos.
Lyndon disse em reposta: ‘Ofende-me realmente a presunção de que vou lá para
tocar para judeus nazis de direita. Se Elvis-caralho-Costello quer desistir do
concerto em Israel porque subitamente tem compaixão pelos palestinianos, então
bom para ele. Mas eu não tenho absolutamente nenhuma regra, certo? Enquanto eu
não ver um país árabe, um país muçulmano, com democracia, não entenderei como
alguém pode ter problemas com a forma como eles são tratados’.” [7]
____________________
[1] “Política portuguesa, Maria Celeste Lopes Cardona
nasceu a 30 de junho de 1951, em Aguim, na Anadia, no seio de uma família
humilde. Aos sete anos foi para Lisboa com os pais e quando acabou a escola
comercial, com 16 anos, foi trabalhar como funcionária administrativa num
escritório. Um ano depois entrou para o estaleiro Lisnave para trabalhar no
controlo da faturação. Quando aconteceu a revolução do 25 de abril, Celeste
Cardona estava na Lisnave e, posteriormente, chegou a fazer parte de uma
comissão de trabalhadores.”
[2] Dariya A (Daria Zayats), 1,68 m, 50 kg, 80-58-81, olhos e
cabelos castanhos, nascida a 2 de setembro de 1986, Ucrânia, t.c.c. Darina,
Dary, Dary A, Ivette, Marina. {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos}.
[3] Maria Korshunova (Мария Коршунова) 1,73 m, 51 kg, 88-59-89, sapatos 37, olhos verdes,
cabelos loiros, nascida a 27 de julho de 1991, Ucrânia, t.c.c. Mila I, Kissa, Maia, Mila, Zerra A. “Gosto de viajar e tenho o sonho de fazer uma viagem
pela Europa proximamente. Gosto de visitar restaurantes e comer algo delicioso.
Gosto de passear em parques e observar o comportamento dos animais. Também
gosto de tirar fotos e vou tornar-me fotógrafa no meu futuro.” Mila: “Acabo de concluir a escola e agora tenciono entrar
no colégio médico. Adoro medicina e quero ser enfermeira. Gosto do conforto da
minha casa e gosto de estar em casa, a ver televisão, a ler livros e a
cozinhar.” {índex}. {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos} ∙ {fotos}. {vídeo}. {vídeo} ∙ {vídeo} ∙ {para o relógio Vianney Halter Deep Space Tourbillon}.
[5] McAloon terá percebido mal, na canção “Jackson” (1967), o final do verso “We got married in a fever,
hotter than a pepper sprout”, trocando “pepper sprout” (“rebento de pimenta”)
por “prefab sprout” (“rebento pré-fabricado”), ou seja, um mondegreen. Um “mondegreen” é uma forma de homofonia, quando um
conjunto de palavras é percebido com outro sentido. Por exemplo, na canção “Noite do prazer”, de Cláudio Zoli, o verso: “Na madrugada a vitrola
rolando um blues / Tocando B. B. King sem parar”, é ouvido como: “Na madrugada
a vitrola rolando um blues / Trocando de biquíni sem parar”.
[6] Grupo citado na cena da discoteca na versão cinematográfica. “Laranja mecânica” (1971), real. Stanley Kubrick, estreado sexta-feira,
29 de novembro de 1974, nos cinemas Castil e Império. {script} Alexander DeLarge (Malcolm McDowell): “Desculpem, senhoras, (mete-se no
meio das duas, Sonietta e Marty, que chupam gelados fálicos e procura nos
discos), a apreciá-lo então, minha querida? … Um pouco frio e sem ponta, minha
linda … O que aconteceu ao teu, querida mana?”, Marty (Barbara Scott): “O que é
que estás a curtir, garoto, Goggly Gogol? Johnny Zhivago? The Heaven
Seventeen?”, Alex: “Em que tocas em casa os teus discos idiotas? Aposto que
nalgum gira-discos ordinário, daqueles de piquenique. Venham com o tiozinho
ouvir uma coisa boa. Trombetas de anjos e tambores do diabo. Estão convidadas.”
Marty e Sonietta – (interpretada por Gillian
Hills, atriz descoberta por Roger Vadim,
que farejou uma segunda Brigitte Bardot, também cantava: “Ma Première cigarrete” ♪ “Une petite tasse d’anxiété” c/ Serge Gainsbourg) – montam a casa de Alex para se
engajarem no velho mete e tira ao som do finale
da “Abertura de Guilherme Tell” de Gioachino Rossini.
[7] Da questão palestiniana, foi um português, como não
podia deixar de ser, quem descortinou a análise mais profunda, abissal, fossa
das Marianas, sem tagarelar preguiçosos chavões em voga, de seu nome o
cientista político João Pereira Coutinho: “A acompanhar pelos nossos jornais o
que se passa entre Israel e Gaza é um espetáculo de ignorância dificilmente
imaginável num país ‘civilizado’. Tudo porque os nossos jornais partem do
pressuposto de que o conflito é uma questão territorial: Israel quer a terra
toda; o Hamas também; ninguém se entende; e etc. etc. A primeira (e talvez a
única) coisa a dizer sobre o assunto é que o problema não é territorial, como
sucede com a Autoridade Palestiniana. É, antes, existencial. Israel reconhece
as pretensões palestinianas à independência e desde o início (corrijo: mesmo
antes da partição da ONU) sempre aceitou a divisão do território. O Hamas, pelo
contrário, nem sequer reconhece a existência da ‘entidade sionista’ e tem como
único propósito apagar Israel do mapa. Não perceber esta diferença de base
só produz um jornalismo mentecapto, feito por mentecaptos e consumido
por mentecaptos”, em Correio da Manhã, 20/07/2014.
O problema é
precisamente territorial, quase acertou o cientista político português. Quando
o Hamas venceu as eleições em 2006, alguns dirigentes declararam que não tinham
nenhum problema com Israel, apenas exigiam que parasse a ocupação de terras palestinianas.
“Em 31 de janeiro, entrevistado pelo The Guardian, Khaled Meshaal, defendendo a
legitimidade da vitória eleitoral, reiterou que o Hamas nunca reconheceria
Israel, mas discutiria a possibilidade de tréguas, dizendo para Israel: ‘Se
estiverem dispostos a aceitar o princípio de uma trégua de longo prazo, estamos
preparados para discutir os termos’. E então, em 9 de fevereiro, o Hamas
detalhou melhor a sua proposta, oferecendo um cessar-fogo de longo termo em
troca de Israel retirar dos territórios ocupados em 1967.” Não haverá retirada, não há territórios ocupados,
porque não existe terra palestiniana. Sob um Deus, todo-poderoso agente
imobiliário, distribuidor de terras grátis, Israel detém as escrituras de
propriedade assinadas pelo Seu punho e reconhecidas num notário americano. “Porque
o meu anjo irá diante de ti, e te introduzirá na terra dos amorreus, dos
heteus, dos perizeus, dos cananeus, dos heveus e dos jebuseus; e Eu os
exterminarei” (Êxodo 23:23). “Fixarei as tuas fronteiras desde o Mar Vermelho
até o mar dos filisteus, o Mediterrâneo, e desde o deserto até o Rio, o
Eufrates; pois entregarei às tuas mãos os habitantes da terra, e expulsá-los-ás
de diante de ti.” (Êxodo 23:31). E essa terra é a Mutterland judia, por doação divina a construção de colonatos nunca
cessará, em terrenos de borla, que o farisaico amor pelo dinheiro encarece. “O
tema é caro à classe média, num país onde a escassez de habitação e a especulação
fizeram aumentar o preço das casas em 50 por cento em dois anos”, no jornal
Público em 2011.“Especulação que levou a um aumento de 55 % no preço da
habitação em seis anos”, na revista Visão em 2015.
“E apareceu
o Senhor a Abraão, e disse: À tua descendência darei esta terra. E Abraão
construiu ali um altar dedicado a Jeová, porquanto ali o Senhor havia aparecido
e falado com ele” (Génesis 12:7). “Escândalos com a residência oficial. Em
Jerusalém, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e da sua esposa Sara. (…).
Despesas regulares da residência e a divisão entre gastos públicos e privados.
Indica-se que um pequeno-almoço oficial para dez pessoas na residência privada
de Cesárea custou 40 000 euros ao Estado. Realizou-se em 2011 e um dos comensais
foi o então secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates. (…). O
procurador investigou os gastos de viagens da família e registou, por exemplo,
que em várias ocasiões o primeiro-ministro instalou uma cama de casal no avião
da linha aérea estatal El Al, que o transportou aos EUA. Shapira [o procurador]
aponta gastos mensais de limpeza na casa particular da família (quase sempre
vazia) no valor de 1700 euros. Por mês saíam 2300 euros para refeições trazidas
de restaurantes para a residência oficial, embora esta tenha cozinheiros pagos.
(…). Segundo a Forbes, Netanyahu tem um capital de quase nove milhões de euros.
A sua esposa Sara, de 56 anos – era hospedeira quando se conheceram, num voo –
trabalha como psicóloga infantil num colégio de Jerusalém.” “O governante
enfrenta as queixas do ex-mordomo da residência, Menny Naftali, que processou
Sara Netanyahu nos tribunais, depois de se ter despedido. Acusa-a de o ter
humilhado em inúmeras ocasiões e afirma que o acordava a meio da noite para lhe
pedir um copo de leite, ou que se zangava com ele, exigindo ‘comida mais
dietética’. ‘Nós somos europeus e sofisticados, não orientais como vocês’,
dizia Sara, segundo as queixas de Naftali”, em jornal Expresso n.º 2211.